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Mostrando postagens de setembro, 2014

O cinema de Lars Von Trier

Gosto muito do diretor Lars Von Trier (dinamarquês de 1956). Todos (os que vi) seus filmes são chocantes, provocadores e perturbadores. Você não sai do cinema do mesmo jeito que entrou após assistir a um de seus filmes. Mexe com a gente....pensamos, refletimos, adoramos ou às vezes até mesmo detestamos...mas nunca ficamos indiferente. Listei aqui os que vi e que recomendo. Para ver alguns, precisa um pouco de estômago, outros tolerância, outros paciência, mas todos são excelentes, cada um com sua particularidade.   Lars Von Trier     Ondas de paixão, 1993 Breaking the waves       Dançando no escuro, 2000 (Palma de Ouro em Cannes) Dancing in the dark     Dogville, 2003 Dogville       Anticristo, 2009 Antichrist     Melancolia, 2011 Melancholia     Ninfomaníaca, 2013 Nymphomaniac  

Passeios noturnos com Hopper

Vamos fazer um passeio noturno por algumas pinturas de Edward Hopper (1882-1967)? Grande pintor americano, Hopper emociona pela beleza de seus quadros que mostra muito da solidão das pessoas e o vazio e silêncio das noites urbanas, geralmente na cidade de Nova York.   Edward Hopper   Nighthawks, 1929   New York Movie, 1939 Hotel Windows, 1955   Room in New York, 1932 Automat (1927) Night Windows, 1928 Summer Evening, 1947    Office at Night, 1940   Room for Tourists, 1945  

Amor de cabaré

"Meu vício é você", êxito da década de 50 na voz do grande Nelson Gonçalves (1919-1998), gaúcho de Santana do Livramento, é deleite pra quem curte esse tipo de estilo musical. Sublime, ao meu ver, a música possui uma letra poética, e uma melodia que quer acompanhar a gente todo tempo. O amor por uma dama da rua e da noite (boneca de trapo, noturna e vadia), provavelmente nascido sob a tênue luz de uma casa de recurso, é nela retratado. Amor de cabaré, toquem alto e cantem junto:   Nelson Gonçalves   Meu vício é você Boneca de trapo, pedaço da vida ... Que vive perdida no mundo a rolar Farrapo de gente que inconsciente Peca só por prazer, vive para pecar Boneca eu te quero com todo pecado Com todos os vícios, com tudo afinal Eu quero esse corpo que a plebe deseja Embora ele seja prenúncio do mal Boneca noturna que gosta da lua Que é fã das estrelas e adora o luar Que sai pela noite e amanhece na rua E há muito não sabe o ...

Sinatra - Dick Farney Fan Club

Um pequeno mas importante evento acontecido em fevereiro de 1949 ajudou a gestar a bossa nova. A fundação do fã clube "Sinatra - Farney Fan Club" no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.   Frank Sinatra (1915-1998) Dick Farney (1921-1987)   O clube durou de fevereiro de 1949 até julho de 1950, funcionando no porão da casa de uma das sócias, e possuía, no seu auge, aproximadamente 50 sócios pagantes. A moçada que frequentava tinha em torno de 15 anos. Grande parte desses "brotinhos" era de alunos do IBEU. Para ser sócio, a pessoa deveria saber fazer alguma coisa artística, além de obviamente idolatrar os patronos do clube, Dick Farney (nome verdadeiro: Farnésio Dutra) e Frank Sinatra. Os encontros aconteciam  nas tardes e noites de sábado, quando os sócios se reuniam para conversar, e principalmente escutar os últimos (e também os antigos) sucessos dos seus dois ídolos maiores. Os sócios...

Clubes da Esquina

Clube da esquina. Bairro Santa Tereza, rua Divinópolis com rua Paraisópolis, zona leste de Belo Horizonte, Minas Gerais. Encontros na esquina (no chão da calçada), conversas, poesias, músicas, violão, vozes, talentos... Brasil!   A esquina (foto do site "Outra Viagem").     Foi lá onde tudo começou... início dos anos 70, sob a ditadura, e ao som de Beatles (naturalmente!). Milton, os Borges, Beto Guedes, Naná Vasconcelos, Toninho Horta, Wagner Tiso, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Tavinho Moura... Todos juntos, muitas obras primas geraram.   Mudando do lugar para som, abaixo, os dois "Clube da Esquina", fantásticos, hoje clássicos. Não dá pra não escutá-los...e de joelhos viu?         Enquanto escutam, recomendo lerem "Os sonhos não envelhecem - Histórias do Clube da Esquina" de Márcio Borges. Fundamental para entender aquela época e seus personagens.   Eles... A turma no jeep "Manuel, o audaz" ...

Pixels impressionistas

Pontinhos coloridos na tela transformam-se em lindas paisagens e retratos. Usando um termo mais atual e bem tecnológico: pixels impressionistas. É o "Pontilhismo", uma técnica de pintura, nascida do movimento impressionista, em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador. Segundo os ensinamentos dos impressionistas, as cores deviam ser justapostas e não mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.   Esta técnica foi criada na França, com grande impulso de Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935), em meados do século XIX.   Lavem os olhos e vejam!   "Tarde de domingo na ilha da Grande Jatte" (1884), de George-Pierre Seurat Detalhe de "La Parade de Cirque" (1889), de Seurat, mostrando os contrastantes pontos de tinta usados no Pontilhismo "Capo di Noli", (1898), de ...

Early Rod

Os primeiros discos de Rod Stewart são puro rock, e do bom, genuíno! Falo aqui de discos solo. É preciso escutá-los em volume alto. Mostram os primeiros sucessos, e várias músicas menos conhecidas, do grande Rod Stewart (1945).   Exemplos de obras primas (e outras nem tanto primas, mas muito boas também) desses primeiros discos são: Sailing, Tonight's the night (gonna be the night), The first cut is the deepest, Killing of georgie, Handbags and gladrags, Maggie may, Angel, Reason to believe, Twisting´ the night away e Mandolin Wind.   Sua voz rouca e inconfundível é sua marca, mas além disso curtam o excelente ritmo do bom e velho rock ´n´ roll inglês dos anos 70. Com vocês, nascido e criado em Londres: Roderick David Stewart, ou Rod Stewart!   An Old Raincoat Won't Ever Let You Down (1969)     Gasoline Alley  (1970)      Every Picture Tells a S...