Uma grande melodia, em momento posterior complementada por uma grande letra, é uma das mais lindas canções brasileiras. Essa é "Retrato em Branco e Preto" de Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda. Dois gênios juntando sensibilidade e poesia numa só peça de arte. A história de sua gênese é interessante: Tom solicitou a Chico que colocasse letra em uma canção sua de 1967, já gravada, chamada "Zingaro" (lindíssima). Chico fez a letra para a música em 1968, que passou então a chamar-se de "Retrato em Branco e Preto", uma obra-prima.
Primeiramente, escutem a instrumental "Zingaro", em sua versão original no disco de Tom "A Certain Mr. Jobim", de 1967:
... e já com a letra do Chico:
Retrato em Branco e Preto
(Chico Buarque/Tom Jobim)
Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar
Com João Gilberto, de seu disco "Amoroso" de 1976, não tão boa quanto às anteriores:
Chet Baker tem uma interpretação de chorar, mas por inviabilidade técnica não consegui incluir o link aqui. Recomendo procurar no You Tube e assistir lá mesmo.
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