Pular para o conteúdo principal

Passarinho ao vento, no tempo e na Terra Cambará

Grande romance: O Tempo e o Vento, do gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975). A obra é composta de três volumes: O Continente, O Retrato e O Arquipélago, publicadas em 1949, 1951 e 1961 respectivamente. A trilogia conta uma parte da história do Brasil, vista a partir da formação do estado de Rio Grande do Sul, desde a ocupação do "Continente de São Pedro" (1745) até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará. "Il faut lire!"

Ana Terra, Pedro Missioneiro, Pedro Terra, (um certo) Capitão Rodrigo Cambará, Bibiana....personagens marcantes...

Baseando-se no primeiro volume da obra, a Rede Globo de Televisão produziu e exibiu,  entre 22 de abril e 31 de maio de 1985 (25 capítulos), uma minisérie homônima, com roteiro adaptado por Regina Braga e Doc Comparato, e dirigida por Paulo José. Esta produção é lindíssima! A atuação dos atores, a fotografia, a abertura, as locações (as missões, os pampas, o sobrado)... tocantes. Lembro-me demais quando a assisti na época.



Glória Pires como Ana Terra (excelente interpretação)

Abertura da mini-série original da Globo:


Pra completar a emoção, a música tema da minisérie, que ouvimos na abertura, é a lindìssima "Passarim" de Tom Jobim (escute-a completa aqui):


Abaixo, um trecho da minisérie quando aparece o Capitão Rodrigo Cambará:


Para quem gostou da minisérie, recomendo outra espetacular, também baseada em uma obra literária, também estrelada pela Glória Pires: Memorial de Maria Moura, de 1994. Adaptada do romance homônimo de Rachel de Queiroz, publicado em 1992. Fenomenal e com interpretações arrebatadoras!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As letras de "Fascinação"

Quem não é fascinado pela canção "Fascinação" (título original "Fascination"). "Fascination" é uma valsa popular, com melodia composta em 1904 por Fermo Dante Marchetti e letra escrita em 1905 por Maurice de Féraudy em francês (letra em inglês de Dick Manning). Foi lançada em 1932. A versão da letra em português que todos nós conhecemos foi escrita em 1943 por Carlos Galhardo e gravada sublimemente pela Elis Regina em seu álbum Falso Brilhante (1976). A versão original da letra em francês é pouquísimo conhecida aqui no Brasil, e no mundo bem menos que a versão em inglês. Escutem-na abaixo com Daniel Plaisir (este nunca tinha tido o "plaisir" de conhecer!): Daniel Plaisir cantando a letra original em francês "Je t’ai reencontrée simplement,  Et tu n’as rien fait pour chercher à me plaire . Je t’aime pourtant, D’un amour ardent, Dont rien, je le sens, ne pourra me défaire. Tu seras toujours mon amante Et je crois à toi comme au b...

As três versões de "O que será" do Chico Buarque

Umas das obras primas do gênio Chico Buarque de Holanda, a música " O que será ", possui três versões, cada uma mais linda que a outra. Você sabia? Lembrava? As três versões são: - Abertura - À flor da pele - À flor da terra Compostas em 1976, foram interpretadas espetacularmente pelas vozes do próprio Chico, Milton Nascimento e Simone, essa cantando como sempre, transbordando sentimento. Abertura E todos os meus nervos estão a rogar E todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo   O que será que lhe dá O que será meu nego, será que lhe dá Que não lhe dá sossego, será que lhe dá Será que o meu chamego quer me judiar Será que isso são horas de ele vadiar Será que passa fora o resto do dia Será que foi-se embora em má companhia Será que essa criança quer me agoniar Será que não se cansa de desafiar O qu...

60 anos de 64

Neste ano de 2024 assisti e escutei inúmeros vídeos e podcasts sobre a história do golpe militar de 1964 e o período de ditadura que perdurou por 21 anos em nosso país. Vi tanta coisa impressionante, incrível e emocionante que pensei em compartilhar aqui alguns dos conteúdos que vi sobre esse tema, para reforçar essa memória terrível e que nunca mais aconteça novamente. Podcasts Eu só disse o meu nome Em 1973 o estudante Alexandre Vannucchi Leme foi preso pela ditadura militar e levado à sede do DOI-CODI. Em 2024, o retrato de Alexandre estampa os muros da USP e os jornais do movimento estudantil. O que aconteceu entre a prisão de Alexandre e hoje? Como um estudante franzino de Sorocaba se tornou o símbolo de um dos piores momentos dos anos de chumbo e apontou o caminho da luta pela redemocratização? Uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog produzida pela NAV Reportagens e apresentada por Camilo Vannucchi. Vala de Perus Em um buraco escavado nos fundos de um cemitério público, munic...