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Doses de poesia musicada I

"Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim foges de mim"
(Carinhoso - Pixinguinha e João de Barro)


"Ai, Izaura,
hoje eu não posso ficar
Se eu cair em seus braços,
não há despertador
Que me faça acordar"
(Izaura - Herivelto Martins e Roberto Roberti)


"Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo
Numa festa de São João
Morre hoje sem foguete
Sem retrato e sem bilhete
Sem luar, sem violão"
(Último Desejo - Noel Rosa)


"Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã"
(Samba a amor - Chico Buarque)


"Ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais"
(Como Nossos Pais - Belchior)


"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"
(Metamorfose Ambulante - Raul Seixas)


"Fui abrindo a porta devagar
Mas deixei a luz entrar primeiro
Todo o meu passado iluminei
E entrei"
(O Portão - Roberto Carlos e Erasmo Carlos)


"Amar e mudar as coisas me interessa mais"
(Alucinação - Belchior)



"A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída"
(Chão de estrelas - Orestes Barbosa e Sílvio Caldas)


"Não tenho medo do escuro
 Mas deixe as luzes acesas agora
 O que foi escondido é o que se escondeu
 E o que foi prometido, ninguém prometeu
 Nem foi tempo perdido
 Somos tão jovens
 Tão jovens, tão jovens"
 (Tempo Perdido - Renato Russo)


"O coração tem razões que a própria razão desconhece
Faz promessas e juras, depois esquece"
(Aos pés da cruz - Marino Pinto e José Gonçalves)

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