Fiquei impressionado pelo quadro "Judite decapitando Holofernes" da pintora barroca italiana Artemísia Gentileschi (1593-1656), de 1620. Vi pela primeira vez em uma reprodução em um livro de arte que tenho, e depois, inesperadamente, o vi "ao vivo" na galeria Uffizi em Florença. Pesquisando, aprendi que trata-se de uma recriação de uma obra de Caravaggio, que inspirou também outra obra de Goya.
Os quadros recriam de modo pessoal o conhecido tema bíblico de Judite de Betúlia que, para salvar o seu povo do ataque do rei Holofernes, o seduz e o decapita.
Os efeitos da obra foram recriados mais tarde pelas versões de Artemísia Gentileschi (Judite decapitando Holofernes, 1620) e Francisco de Goya (Judite e Holofernes, de 1820).
Judite e Holofernes (Caravaggio, 1599)
Judite decapitando Holofernes (Artemísia Gentileschi, 1620)
Francisco de Goya (Judite e Holofernes, de 1820)
Curiosidade!
Judite e Holofernes é uma das Pinturas Negras que fizeram parte da decoração dos muros da casa, chamada de Quinta del Sordo, que Francisco de Goya adquiriu em 1819. Esta obra ocupava provavelmente um espaço à direita da parede do fundo do piso térreo, segundo se entrava, com Saturno devorando um filho (outro famosíssimo quadro de Goya) no lado esquerdo deste muro, ficando no meio uma janela. O quadro, com o restante das pinturas negras, foi trasladado de reboco para tela em 1873 por Salvador Martínez Cubells, por encomenda de Frédéric Émile d'Erlanger, um banqueiro belga, que visava vendê-los na Exposição Universal de Paris de 1878. Contudo, as obras não atrairam compradores e ele próprio doou-as, em 1876, ao Museu do Prado, no que são expostas na atualidade. (fonte: Wikipédia)
Comentários
Postar um comentário