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Trípticos de Bosch

Hieronymus Bosch, pseudônimo de Jeroen van Aeken (circa 1450 — 9 de Agosto de 1516), foi um pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI. Ele assinou algumas das suas peças como Bosch, derivado da sua terra natal, Hertogenbosch. 

Sabe-se muito pouco sobre a sua vida. Isso dá um ar especial a ele e sua obra. Algumas de suas pinturas são belíssimas, mas ao mesmo tempo assustadoras pra mim! Arrepiam! Fantásticas! Inclusive, Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.

Hieronymus Bosch

Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais. Em algumas de suas obras, o pintor criou composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecados e os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. 

Conheçam e apreciem abaixo as obras de Bosch que mais admiro nesse estilo. Todas são trípticos:

Tríptico

Um tríptico, é geralmente, um conjunto de três pinturas unidas por uma moldura tríplice (dando o aspecto de serem uma obra), ou somente três pinturas juntas formando uma única imagem. Considerada uma criação cristã, é atualmente não somente utilizado em quadros devocionais, pois, muitos artistas usam principalmente em pequenas coleções.



O Jardim das Delícias - (Museu do Prado, Madrid) - 1504


As Tentações de Santo Antão - (obra principal no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) - entre 1495-1500


O Juízo Final - (Akademie der Bildenden Künste, Viena) - circa 1482


O Carro de Feno - (Museu do Prado, Madrid)



O Juízo Final (Groeningemuseum - Bruges) - entre 1505 e 1515

Obs.: Para ver as obras acima com todos os seus detalhes, vejam a galeria sobre Bosch na Wikipédia em https://pt.wikipedia.org/wiki/Hieronymus_Bosch clicando nas imagens para dar zoom.

Atualmente apenas se conservam em torno de 40 originais seus, a maioria em museus da Europa e os Estados Unidos. A coleção do Museu do Prado de Madri é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.

No entanto, Bosch não pintou apenas esse estilo de obra. Mais de metade de suas obras retratam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.

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