Pular para o conteúdo principal

Enciclopediófilo

Uma enciclopédia é uma coisa maravilhosa não? Quando havia enciclopédias... da forma que era, em forma de livro (papel), era muito bom viajar pelos diversos verbetes, um mar de informação e conhecimento. Começando na letra A, provávamos o "abacate", depois viajávamos pela "Alemanha" até chegar na "aurora". Do A até o Z, passando pelo C (céu, cobalto, constituição e cavalo), G (Groenlândia, gêiser e general)... tinha também as maravilhosas e coloridas ilustrações, desenhos, mapas e fotografias.

Eu me sentia assim: aprendendo, aprendendo e aprendendo, passando por temas bem diferentes mas juntinhos nas páginas das enciclopédias. De tanto gostar, poderia ter me tornado uma enciclopédia ambulante! O grande Visconde de Sabugosa que amava tanto os livros (até vivia junto deles!), deveria achar as enciclopédias suas preferidas, penso eu.

Uma enciclopédia tem como objetivo descrever o estado atual do conhecimento humano. Uma obra que versa sobre todas as ciências e artes do conhecimento do homem atual. É um super dicionário, muito mais detalhado.



Ganhei uma Delta Jr., depois pulei para a Delta-Larousse que tinha lá em casa (meus pais me estimulavam muito a lê-las), Também tinha em casa a Barsa. Pra completar, ganhei do meu avô a Conhecer, que guardava comigo até pouco tempo atrás. Um espetáculo! Saudades!


 



No entanto não tive a honra de ter uma Encyclopaedia Britannica, uma das mais antigas do mundo (1768), nem o Tesouro da Juventude, que foi uma enciclopédia voltada para jovens e crianças, publicada inicialmente na década de 1920 e reeditada em 1958, tendo ajudado a educar milhares de pessoas. A Tesouro da Juventude possuía uma introdução de Clóvis Bevilaqua, para atestar a qualidade. Essa eu perdi...

Enciclopedismo

Falando em enciclopédia, lembro-me do "Enciclopedismo", que foi um movimento filosófico-cultural originado do iluminismo, desenvolvido na França e que buscava catalogar todo o conhecimento humano a partir dos novos princípios da razão na Encyclopédie (também chamada de "dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers"), uma obra com 35 volumes. Os filósofos e outros pensadores que participaram do enciclopedismo eram chamados de enciclopedistas.A Encyclopédie foi editada por Denis Diderot e Jean le Rond d’Alembert, com contribuições em artigos de Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Buffon e do barão D'Holdbach.


Jean le Rond d’Alembert e Denis Diderot

Comentários

  1. Na minha casa tinham todas as enciclopédias da Delta, a Larrouse, a Barsa, tinha uma só da natureza com varias espécies de bichos e plantas e eu ficava horas e horas no sofá a folhea-las, ler e folhear, ler e folhear, era muito gostoso, através daquelas imagens pude expandir o meu mundo. Tinha uma que se chamava " A enciclopédia da mulher e da familia", essa eu amava, isso já denunciava a minha tendência a ser mãe, cozinheira, costureira e decoradora pois nela tinha seções para isto tudo, ou talvez ela que tenha me inspirado a casar tão cedo, ter meu lar com tantos filhos. Eu ainda tenho comigo essa enciclopédia, quándo eu me casei a minha mãe perguntou o que eu preferia ficar para mim, com um anel de esmeralda ou com a enciclopédia, eu nem titubeei.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

As letras de "Fascinação"

Quem não é fascinado pela canção "Fascinação" (título original "Fascination"). "Fascination" é uma valsa popular, com melodia composta em 1904 por Fermo Dante Marchetti e letra escrita em 1905 por Maurice de Féraudy em francês (letra em inglês de Dick Manning). Foi lançada em 1932. A versão da letra em português que todos nós conhecemos foi escrita em 1943 por Carlos Galhardo e gravada sublimemente pela Elis Regina em seu álbum Falso Brilhante (1976). A versão original da letra em francês é pouquísimo conhecida aqui no Brasil, e no mundo bem menos que a versão em inglês. Escutem-na abaixo com Daniel Plaisir (este nunca tinha tido o "plaisir" de conhecer!): Daniel Plaisir cantando a letra original em francês "Je t’ai reencontrée simplement,  Et tu n’as rien fait pour chercher à me plaire . Je t’aime pourtant, D’un amour ardent, Dont rien, je le sens, ne pourra me défaire. Tu seras toujours mon amante Et je crois à toi comme au b...

As três versões de "O que será" do Chico Buarque

Umas das obras primas do gênio Chico Buarque de Holanda, a música " O que será ", possui três versões, cada uma mais linda que a outra. Você sabia? Lembrava? As três versões são: - Abertura - À flor da pele - À flor da terra Compostas em 1976, foram interpretadas espetacularmente pelas vozes do próprio Chico, Milton Nascimento e Simone, essa cantando como sempre, transbordando sentimento. Abertura E todos os meus nervos estão a rogar E todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo   O que será que lhe dá O que será meu nego, será que lhe dá Que não lhe dá sossego, será que lhe dá Será que o meu chamego quer me judiar Será que isso são horas de ele vadiar Será que passa fora o resto do dia Será que foi-se embora em má companhia Será que essa criança quer me agoniar Será que não se cansa de desafiar O qu...

60 anos de 64

Neste ano de 2024 assisti e escutei inúmeros vídeos e podcasts sobre a história do golpe militar de 1964 e o período de ditadura que perdurou por 21 anos em nosso país. Vi tanta coisa impressionante, incrível e emocionante que pensei em compartilhar aqui alguns dos conteúdos que vi sobre esse tema, para reforçar essa memória terrível e que nunca mais aconteça novamente. Podcasts Eu só disse o meu nome Em 1973 o estudante Alexandre Vannucchi Leme foi preso pela ditadura militar e levado à sede do DOI-CODI. Em 2024, o retrato de Alexandre estampa os muros da USP e os jornais do movimento estudantil. O que aconteceu entre a prisão de Alexandre e hoje? Como um estudante franzino de Sorocaba se tornou o símbolo de um dos piores momentos dos anos de chumbo e apontou o caminho da luta pela redemocratização? Uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog produzida pela NAV Reportagens e apresentada por Camilo Vannucchi. Vala de Perus Em um buraco escavado nos fundos de um cemitério público, munic...