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Doses de Poesia Musicada IV

"Ah! Meu amor não vás embora
vê a vida como chora
vê que triste essa canção
Não eu te peço não te ausentes
pois a dor que agora sentes
só se esquece no perdão"

"Ah, meu amor não vás embora
Vê a vida como chora, vê que triste esta canção
Não, eu te peço, não te ausentes
Pois a dor que agora sentes,
só se esquece no perdão

Ah, minha amada me perdoa
Pois embora ainda te doa a tristeza que causei
Eu te suplico não destruas tantas coisas que são tuas
Por um mal que eu já paguei

Ah, minha amada, se soubesses
Da tristeza que há nas preces
Que a chorar te faço eu
Se tu soubesses num momento todo arrependimento
Como tudo entristeceu

Se tu soubesses como é triste
Perceber que tu partiste
Sem sequer dizer adeus

Ah, meu amor tu voltarias
E de novo cairias
A chorar nos braços meus"
(Apelo - Baden Powell e Vinícius de Moraes)


"A noite tem bordado
Nas toalhas dos bares
Corações arpoados
Corações torturados
Corações de ressaca
Corações desabrigados demais
A noite tem falado
Nas cadeiras dos bares
De paixões afogadas
De paixões recusadas
De paixões descabidas
De paixões envelhecidas demais"
(A noite - Ivan Lins e Vitor Martins)


"Sei que falam de mim
Sei que zombam de mim
Oh, Deus
Como eu sou infeliz
Vivo à margem da vida
Sem amparo ou guarida
Oh, Deus
Como eu sou infeliz
Já tive amores
Tive carinhos
Já tive sonhos
Os dissabores levaram minha alma
Por caminhos tristonhos
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh Deus
Como eu sou infeliz
Infeliz
Eu queria um minuto apenas
Pra mostrar minhas penas
Oh, Deus
Como eu sou infeliz"
(Folha morta - Ary Barroso)


"Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei e que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples que você tocou
A nossa casa, querido
Já estava acostumada guardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam por causa de você
Olhe, meu bem
Nunca mais nos deixe, por favor
Somos a vida, o sonho
Nós somos o amor
Entre, meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau
Lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem"
(Por causa de você - Tom Jobim e Dolores Duran)


"Eu gostei tanto
tanto quando me contaram
que lhe encontraram chorando e bebendo na mesa de um bar"
(Vingança- Lupcínio Rodrigues)


"Pai
Pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez
Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz
Pai
Pode crer eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai
Senta aqui que o jantar tá mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde vida só paga pra ver
Pai
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu
Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai
Você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz"
(Pai - Fábio Jr.)

"Eu desconfio que o nosso caso está na hora de acabar
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar
Mas nós não temos nem coragem de falar
Nós já tivemos a nossa fase de carinho apaixonado
De fazer versos, de viver sempre abraçados..."
(Fim de caso - Dolores Duran)


"Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E o teu olhar, tonto de emoção
Com sofreguidão mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria e entontece
És fascinação, amor"
(Fascinação - Versão em Português de Armando Louzada)


"Mas a gente gosta quando uma baiana quebra direitinho
De cima embaixo revira os olhinhos
E diz eu sou filha de São Salvador!"
(Falsa baiana - Geraldo Pereira)


"Com açúcar com afeto
fiz seu doce predileto
pra você parar em casa
Qual o quê!"
(Com açúcar com afeto - Chico Buarque)


"Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar...Que é lá mesmo que
a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor, vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero
mesmo é despentear
Quero te agarrar... pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu tô voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar...
Quero lá.. lá.. lá..lá.....porque eu tô voltando!
(Eu tô voltando - Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós)


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