Três importantes igrejas (termo aqui utilizado de forma genérica) europeias me chamam a atenção: a Abadia de Westminster (em Londres), a Basílica de Santa Croce (em Florença), e a Basílica de Saint Denis (em Saint Denis, ao lado de Paris). Das três, conheço bem duas: Westminster e Santa Croce. Independente de outra questão, as que conheço são lindíssimas quanto a sua arquitetura, mas o que quero ressaltar aqui é que as três são templos que abrigam túmulos de monarcas e personagens importantes da história mundial. São necrópoles (conjunto de sepultamentos) que valem a visita pelo peso histórico que possuem.
Abadia de Westminster
Fonte: Dica de Londres
A Igreja do Colegiado de São Pedro em Westminster mais conhecida como Abadia de Westminster (em inglês:Westminster Abbey) é um igreja em estilo gótico na Cidade de Westminster, sendo considerada a igreja mais importante de Londres e, algumas vezes, de toda a Inglaterra. É famosa mundialmente por ser o local de coroação do Monarca do Reino Unido. Foi construída no século XI e reformada e concluída entre os séculos XIII e XIV, sendo desde sua fundação até o século XVI uma igreja católica quando foi convertida em igreja anglicana.
O rei Henrique III reconstruiu o a abadia em honra de Eduardo, o Confessor cujas relíquias foram guardadas em seu túmulo no interior da abadia. Henrique III também foi sepultado na abadia e posteriormente todos os monarcas da Inglaterra foram sepultados nela até o rei Jorge II da Grã-Bretanha em 1760. Desde então os monarcas têm sido enterrados na Capela de São Jorge no Castelo de Windsor. No total, 17 monarcas estão sepultados nesta necrópole real convertida em mausoléu nacional com mais de 3.000 túmulos de algumas das personalidades britânicas mais famosas no meio científico e cultural, que obtiveram a honra de serem enterradas na abadia, tais como: Isaac Newton, Charles Darwin, Charles Dickens e Laurence Olivier.
Vejam alguns personagens da história que estão enterrados lá:
- Ana de Cleves (quarta esposa do rei Henrique VIII)
- As vítimas da Peste Negra, 26 monges de Westminster
- Carlos II de Inglaterra
- Catarina de Valois (rainha consorte de Henrique V de Inglaterra)
- Charles Darwin
- Charles Dickens (escritor)
- David Livingstone
- Eduardo I de Inglaterra
- Eduardo III de Inglaterra
- Eduardo V de Inglaterra
- Eduardo VI de Inglaterra
- Geoffrey Chaucer (escritor e filósofo)
- Georg Friedrich Händel (compositor alemão)
- Guilherme III de Inglaterra
- Henrique III de Inglaterra
- Henrique V de Inglaterra
- Henrique VII de Inglaterra
- Isaac Newton
Fonte: commons.wikimedia.org
- Isabel I (Elizabeth I) da Inglaterra
Fonte: wikipedia
- Isabel Tudor (filha de Henrique VII)
- Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra
- Jorge II da Grã-Bretanha
- Laurence Olivier (ator)
- Leonor de Castela
- Maria I de Inglaterra
- Maria II de Inglaterra
- Maria da Escócia (Maria Stuart) - Rainha da Escócia e Rainha Consorte da França)
- Neville Chamberlain (político, primeiro ministro do Reino Unido no início da segunda guerra mundial)
- Oliver Cromwell (militar e líder político inglês e, mais tarde, Lord Protector do Protectorado)
- Ricardo II de Inglaterra
- Robert Stephenson (engenheiro)
- Rudyard Kipling (autor e poeta, nascido na Índia. Em um de seus livros, criou a história de Mogli)
- Samuel Johnson (escritor e pensador)
- Soldado Desconhecido
- Thomas Hardy (novelista e poeta, autor de "Tess of the D`Urbervilles")
Fonte: britannica.com
A Basílica de Santa Cruz (em italiano Basilica di Santa Croce) é a principal igreja franciscana em Florença, na Itália. É o lugar onde estão enterrados alguns dos mais ilustres italianos, tais como Michelângelo, Galileo Galilei, Maquiavel e Rossini, e assim é apelidada de Panteão das Glórias Italianas.
A lenda diz que a igreja foi fundada pelo próprio São Francisco de Assis. A atual igreja foi iniciada em 1294, possivelmente por Arnolfo di Cambio e foi bancada por algumas das famílias mais ricas da cidade. Foi consagrada em 1442 pelo papa Eugênio IV.
Por 500 anos, era costume construir túmulos decorados para os notáveis cidadãos de Florença. Na Basílica estão os túmulos dos notáveis abaixo, dentre outros:
- Galileo Galilei
- Niccolò Machiavelli
- Gioacchino Rossini
- Guglielmo Marconi
- Enrico Fermi
Catedral Basílica de Saint Dennis
Fonte: parissempreparis.com.br
A Catedral Basílica de Saint Denis (em francês: Cathédrale royale de Saint-Denis, ou apenas Basilique Saint-Denis) está localizada na comuna de Saint-Denis, um subúrbio ao norte de Paris. A igreja foi nomeada catedral em 1966 e é a residência do Bispo de Saint-Denis. O edifício é de grande importância histórica e arquitetônica.
Fundada no século VII por Dagoberto I onde São Dinis (em francês: Saint Denis), um santo padroeiro da França, foi sepultado, a igreja se tornou um local de peregrinação.
Abrindo um "(" pra falar desse lendário santo:
Saint Denis foi martirizado e decapitado no ano de 258 em Montmartre e seu corpo atirado no Sena, mas recuperado e sepultado à noite pelos seus devotos. Segundo a tradição, ainda caminhou segurando sua cabeça por algum tempo até sua igreja.
Fecha ")".
Abrindo um "(" pra falar desse lendário santo:
Saint Denis foi martirizado e decapitado no ano de 258 em Montmartre e seu corpo atirado no Sena, mas recuperado e sepultado à noite pelos seus devotos. Segundo a tradição, ainda caminhou segurando sua cabeça por algum tempo até sua igreja.
Fecha ")".
A catedral também se converteu no mausoléu dos reis franceses. Quase todo rei do século X ao XVIII foi sepultado lá, assim como muitos dos séculos anteriores. A abadia é onde os reis da França e suas famílias eram sepultados através dos séculos e é, portanto, muitas vezes referida como o "cemitério real da França". Todos, exceto três dos monarcas da França do século X até 1789 têm seus restos mortais lá. Alguns monarcas, como Clóvis I (465-511), não foram originalmente sepultados neste local. Os restos mortais de Clóvis I foram exumados da espoliada Abadia de St Geneviève que ele mesmo fundou.
A igreja não foi utilizada para a coroação de reis, este papel sendo designado à Catedral de Reims; no entanto, rainhas eram comumente coroadas lá.
"Saint-Denis" logo se tornou a abadia de um crescente complexo monástico. No século XII o Abade Suger reconstruiu partes da abadia usando características estruturais e decorativas inovadoras. Fazendo isso, ele afirmou ter criado o primeiro edifício gótico da história.
Alguns dos túmulos (muitos deles destruídos durante a Revolução Francesa):
Dinastia merovíngia
- Aregunda (c.515 - c.573), esposa de Clotário I (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Clóvis I (481-511)
- Childeberto I (496 - 558)
- Fredegunda (Esposa de Chilperico I) (? - 597)
- Dagoberto I (603 - 639) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Clóvis II (635 - 657) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Carlos Martel (? - 741) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Pepino, o Breve (751 - 768) e sua esposa Berta de Laon (?-783) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Carlomano I (c.768 - 771) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Carlos II, o Calvo (823 - 877) (túmulo destruído) e sua esposa, Ermentrude de Orleães (? - 869)
- Luís III (879-882) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Carlomano II (882 - 884) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Roberto II, o Piedoso (996–1031) e Constança de Arles (? - 1032) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Odão de França (888-898) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Hugo Capeto (987-996) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Henrique I (1031-1060) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Luís VI (1108-1137) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Luís VII (1137-1180) (túmulo transferido em 1817) e Constança de Castela (1141-1160) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Filipe II Augusto (1180-1223) (túmulo destruído durante a Guerra dos Cem Anos)
- Luís VIII, o Leão (1223-1226) (túmulo destruído durante a Guerra dos Cem Anos)
- Luís IX, conhecido como São Luís (1226-1270) (túmulo destruído durante a Guerra dos Cem Anos)
- Margarida de Provença (?-1295), esposa de Luís IX (túmulo destruído durante a Guerra dos Cem Anos)
- Carlos I da Sicília, também conhecido como Carlos d'Anjou (1226 - 1285), rei das Duas Sicílias e irmão de Luís IX, uma efígie cobre o sepulcro de seu coração
- Filipe III, o Ousado (1270 - 1285) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa) e Isabel de Aragão (? – 1271) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Luís d'Alençon
- Filipe IV, o Belo (1268 - 1314)
- Leão V da Armênia (1342 - 1393)
- Casa de Valois[editar | editar código-fonte]
- Luís XII (1498 – 1515) e Ana de Bretanha
- Francisco I (1494 - 1547) e Cláudia de França (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Henrique II (1519 - 1559) e Catarina de Médici (1519 – 1589) (túmulo presente na basílica antes da Revolução Francesa)
- Francisco II (1544 – 1560) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Carlos IX (1550-1574) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Henrique III (1551 -1589) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Casa de Bourbon[editar | editar código-fonte]
- Henrique IV (1553 - 1610) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luís XIII (1601 – 1643) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luís XIV (1638 – 1715) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luís XV (1710 – 1774) (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luís XVI (1754 – 1793) e Maria Antonieta (1755 – 1793)
- Luís XVII (1785 - 1795) (Apenas seu coração. Seu corpo foi despejado em uma cova anônima)
- Luís XVIII (1755 - 1824)
- Nicolau Henrique, duque de Orleans (1607-1611), filho de Henrique IV
- Gastão, Duque d'Orleães (1608-1660), filho de Henrique IV
- Maria de Bourbon, Duquesa de Montpensier (1605-1627), esposa de Gastão
- Margarida de Lorena (1615-1672), duquesa de Orleans e segunda esposa de Gastão
- Ana Maria Luísa de Orleães (1627-1693), la Grande Mademoiselle
- Margarida Luísa de Orleães (1645-1721), grã-duquesa da Toscana
- João Gastão de Orleães, (1650-1652), duque de Valois,
- Maria Ana de Orleães, (1652-1656), Mademoiselle de Chartres
- Henriqueta Maria de França (1609-1669), rainha consorte de Carlos I da Inglaterra
- Filipe I, (1640-1701), irmão de Luís XIV,
- Henriqueta Ana de Inglaterra (1644-1670), primeira esposa de Filipe
- Isabel Carlota do Palatinado (1652-1722), segunda esposa de Filipe
- Maria Teresa de Espanha (1638-1683), esposa de Luís XIV (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luís, Grande Delfim de França (1661–1711), le Grand Dauphin (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Maria Ana Vitória de Baviera delfina da França, esposa de Luís
- Ana Isabel de França, (1662), filha de Luís XIV
- Maria Ana de França (1664), filha de Luís XIV
- Maria Teresa de França (1664), filha de Luís XIV
- Felipe Carlos de França (1668-1671), duque de Anjou, filho de Luís XIV
- Luís Francisco de França (1672), duque de Anjou, filho de Luís XIV
- Filipe de Orleães (1674-1723), duque de Orleães e regente de França
- Luís, Duque da Borgonha (1682-1712), duque da Borgonha
- Maria Adelaide de Saboia (1685-1712), duquesa da Borgonha
- Luís da França (1704-1705), duque da Bretanha
- Luís da França (1707–1712), duque da Bretanha
- Carlos de Bourbon (1686–1714), duque de Berry
- Maria Luísa Isabel de Orleães (1693-1714), duquesa de Berry,
- Na (não batizada) d'Alençon (1711)
- Carlos d'Alençon(1713), duque de Alençon
- Maria Luísa Isabel d'Alençon (1714)
- Maria Leszczyńska (1703-1768), esposa de Luís XV, (túmulo destruído durante a Revolução Francesa)
- Luísa Isabel da França (1727-1759), Duquesa de Parma
- Henriqueta Ana de França (1727-1752), filha de Luís XV e gêmea da anteriormente descrita,
- Maria Luísa de França (1728-1733), filha de Luís XV
- Luís da França (1729–1765), Delfim da França
- Maria Teresa Rafaela de Espanha (1726-1746), primeira esposa de Luís de Bourbon (acima)
- Maria Josefa de Saxônia (1731–1767), segunda esposa de Luís
- Filipe II (1730-1733), duque de Anjou
- Maria Adelaide de França (1732-1800), filha de Luís XV,
- Princesa Vitória de França (1733-1799), filha de Luís XV
- Princesa Sofia de França (1734-1782), filha de Luís XV
- Princesa Luísa Maria de França (1737-1787), filha de Luís XV
- Luís José Xavier François de França (1781-1789), primeiro filho de Luís XVI e Maria Antonieta
- Sofia Helena Beatriz de França(1786-1787), segunda filha de Luís XVI e Maria Antonieta Os restos mortais dos monarcas antecessores foram retirados da Abadia de St Geneviève que foi destruída.
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